terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Naturologia no Xingu

UNISUL VOLTA AO XINGU



A professora Teresa Gaio com mais sete alunos, Patrícia Corrêa Pereira, Gustavo Tanus Martins, Grazielle Rodrigues dos Santos, Caique Silveira Pinto Coelho, Maria Luiza Luz Daddário, Marina Vogler Hermógenes, e Thaís Fernanda Alves, todos do curso de Naturologia Aplicada da Unisul, viajaram para o norte do Mato Grosso, ficando 11 dias no Xingu, de 20 a 30 de julho de 2006 na reserva indígena,aldeia KAMAYURÁS.


Projeto Linha Verde, da Unisul, voltou à reserva do Xingu, no Mato Grosso. Sete alunos do curso de Naturologia Aplicada e a professora Teresa Gaio ficaram 11 dias, de 20 a 30 de julho, na reserva indígena. Ano passado, o Linha Verde já esteve no Xingu. A idéia, agora, é poder repassar, aos índios, noções de educação e saúde e também de educação ambiental. Aprender com os índios e trocar experiência fazem parte da proposta da viagem, que leva até 13 horas, de barco, entre jacarés e outros animais, pelo rio Kuluene, um afluente do Xingu. Ano passado, foram apenas três integrantes que visitaram a Aldeia KAMAYURÁS para manter contato sobre como os índios usam as plantas medicinais. Os alunos levam ao Xingu sabonetes para a pele e cremes contra fungos, além de um gel para aliviar a dor. Tudo produzido dentro do laboratório de Fitoterapia da universidade.Plantas com o cipó São João, para doenças de pele, e o capim limão e a melissa, que são calmantes, muito usadas no sul do país, igualmente são utilizadas pelos índios no Xingu.

O despertar na aldeia
“Mal desponta o dia, a aldeia se agita. Desce uma cerração leve, o capim esbranquiçado mostra que o frio da noite havia sido abundante.Abre-se a primeira casa. Sai um menino.
- Puxa, que frio!
Madrugador, a primeira coisa que o índio faz é correr para o banho no rio. Nas manhãs frias de inverno, fazem fogueira na margem e nela se aquecem entre um mergulho e outro. Primeiro vão os homens, depois as mulheres. Elas levam os filhos menores, até mesmo os de braço. Na cabeça, as grandes panelas de barro ou as volumosas cabaças para que venham cheias de água. O dia na aldeia que vamos contar, será um dia comum: o dia de um índio, que também é um dia de todos.
Logo depois, uma por uma, as malocas se vão abrindo e derramando no ocarip(pátio da aldeia) um mundão de gente. Os homens e os meninos esfregam as mãos, todos nus, caminham para o lado da água.” (Cláudio e Orlando Villas-Bôas - Xingu – Os Contos do Tamoin, ed. Kuarup, 1990.)